segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Wikileaks publicou até agora menos de 1% dos documentos secretos prometidos

Thiago Chaves-Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Desde 28 de novembro passado, quando o WikiLeaks começou a publicar comunicações internas da diplomacia americana na chamada operação “cablegate”, o site e seus parceiros trouxeram a público até agora menos de um porcento de todos os documentos secretos que afirmam possuir.
A contabilidade do site aponta que foram vazados até esta segunda-feira (13) 1.344 telegramas diplomáticos do departamento de Estado dos EUA, dos quais o mais antigo foi escrito em 1966 e o mais recente foi enviado em fevereiro passado.
O próprio WikiLeaks promete que publicará ao todo 251.287 documentos – o que significa que há 249.943 telegramas ainda por vir; ou 99,4% do vazamento anunciado.
O material que já veio à tona trouxe revelações incômodas e detalhes de bastidores sobre o modo como os Estados Unidos operam sua diplomacia no mundo, e foi suficiente para levar a chanceler Hillary Clinton a orquestrar uma rodada de contatos bilaterais para “reforçar os laços” entre EUA e seus parceiros logo após os primeiros vazamentos.

O australiano Julian Assange, o criador e rosto público da organização WikiLeaks, foi alvo de críticas por parte de políticos norte-americanos e aliados, por supostamente violar segredo de Estado, praticar espionagem e colocar vidas em risco.
Atualmente, Assange está preso em Londres, por causa de um suposto caso de violência sexual que teria sido cometida na Suécia este ano. Autoridades judiciais norte-americanas, britânicas e suecas afirmam que as acusações não têm relação com o trabalho dele junto ao WikiLeaks. Está agendada para amanhã a próxima sessão de Assange em corte.

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