O banco de desenvolvimento da China emprestará US$ 251 milhões à Bolívia para o financiamento do primeiro satélite de comunicações do país, de acordo com um contrato assinado pelas duas nações nesta quinta-feira.
A China Great Wall Industry Corp construirá o satélite a um custo de US$ 295 milhões. O governo da Bolívia financiará o valor restante. O satélite deverá ser lançado nos próximos três anos.
Os laços entre os dois países melhoraram no governo do presidente socialista da Bolívia, Evo Morales, o primeiro líder indígena do país. A nação andina é parceira natural para a China, nação ávida por commodities.
"Essa é a primeira cooperação de alta tecnologia entre os dois países... e acredito que nossas relações terão um futuro radiante", disse o embaixador da China na Bolívia, Shen Zhiliang, durante a cerimônia de assinatura.
O satélite será usado para serviços de comunicações e de transmissão, assim como para projetos de educação à distância e de telemedicina, de acordo com um comunicado da companhia. Ele será batizado de Tupac Katari, em homenagem a um índio que liderou um levante contra os conquistadores espanhóis no século 18.
O papel cada vez maior da China na Bolívia marca uma guinada no país latino-americano, que por décadas dependeu da assistência norte-americana. Na América do Sul, apenas Brasil, Argentina e Venezuela têm satélites de comunicação próprios em órbita.
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